Dieta mediterrânea, conhecida também como “dieta da fertilidade”, é considerada uma das praticas alimentares mais saudáveis do mundo. Recebeu esse nomenclatura por ser praticada em países que são banhados pelo Mar Mediterrâneo, como a Grécia, Espanha, Portugal e Itália. Foi reconhecida como Patrimônio cultural Imaterial dessa região, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Sintomas do ciclo menstrual podem estar ligados à alimentação
De acordo com pesquisa realizada pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), o consumo alimentar semelhante ao da dieta mediterrânea pode elevar a concentração de nutrientes essenciais para a saúde fértil.
O padrão da dieta mediterrânea é baseado em maior expectativa de vida, menor incidência de doenças relacionadas a má-alimentação. Além disso, as escolhas alimentares são variadas e ricas em nutrientes.
Características da dieta mediterrânea:
- Abundância do consumo de alimentos naturais e frescos;
- Consumo moderado de frutas frescas ou doces com açúcar ou mel;
- Azeite como principal fonte de gordura;
- Consumo de produtos lácteos, como queijos e iogurte, em quantidade moderada;
- Baixo consumo de ovos, em média quatro unidades por semana;
- Baixo consumo de carnes vermelhas;
- Consumo de vinho nas refeições, de forma consciente;
- Consumo de peixes, de acordo com a disponibilidade da região.
Como escolher o melhor óleo para suas receitas
O padrão dessa dieta não se baseia na qualidade dos alimentos, que é benéfico não apenas para o sistema reprodutivo, mas para a saúde do corpo como um todo.
O pesquisador italiano, Gianluca Tognon, realizou uma pesquisa acerca da longevidade e hábitos alimentares. Ele comparou milhares de pessoas ao longo de 40 anos e observou que as seguiam a dieta mediterrânea vivia 3 anos a mais do que as que não adotou a prática. O resultado pode ser explicado pelos benefícios da ingestão de fibras, gorduras boas e vegetais. Principalmente, como prevenção de comorbidades como, hipertensão, diabetes e obesidade.
Dieta mediterrânea e a saúde fértil
Em primeiro lugar, sabemos que, alguns hábitos podem impactar a fertilidade, de forma negativa ou positiva. Tabagismo, consumo excessivo de álcool e uso de drogas pode reduzir as chances de gestação. Enquanto, alimentação saudável e prática de atividades físicas pode potencializar a sua fertilidade.
Logo, um cardápio alimentar baseado nos alimentos alto consumo de peixes, óleos vegetais de qualidade e baixa ingestão de carboidratos refinados pode aumentar as chances de engravidar e diminuir os riscos de abortos espontâneos.
Estudo realizado no Centro Médico Universitário de Rotterdam, na Holanda, comparou dois padrões alimentares em casais com problemas de fertilidade e a caminho da Fertilização in Vitro (FIV). Os casais foram divididos em dois grupo, “padrão Saudável” com alto consumo de frutas, vegetais, cereais integras e baixo consumo de carboidratos refinados e carne vermelha e o “padrão Mediterrâneo”.
Em suma, foi observado que, há maior consumo de óleos vegetais na dieta mediterrânea, ricos em ômega 6. Responsável pela regulação hormonal e ovulação. Além do aumento da presença da vitamina B6, que está relacionado com o maior número de gestações em mulheres inférteis.
Como adaptar ao padrão alimentar brasileiro
Essa adesão tem como objetivo de explorar a cultura do Brasil. Portanto, escolher alimentos baseados na região, costumes e nível socioeconômico.
Alimentos que você deve incluir na dieta
O indivíduo deve seguir características, como:
- Escolher alimentos naturais ou orgânicos;
- Azeite de oliva como principal fonte de gordura;
- Diminuição do consumo de lácteos, ter preferência por derivados com baixo teor de gordura;
- Consumo reduzido de carnes brancas e vermelhas;
- Dar preferência aos peixes;
- Consumo moderado e regular de vinho e suco de uva integral;
- Prática regular de atividades físicas.
É possível encontrar mais informações sobre o planejamento alimentar da dieta mediterrânea clicando aqui.