Dieta mediterrânea, conhecida também como “dieta da fertilidade”, é considerada uma das praticas alimentares mais saudáveis do mundo. Recebeu esse nomenclatura por ser praticada em países que são banhados pelo Mar Mediterrâneo, como a Grécia, Espanha, Portugal e Itália. Foi reconhecida como Patrimônio cultural Imaterial dessa região, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

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De acordo com pesquisa realizada pela Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM), o consumo alimentar semelhante ao da dieta mediterrânea pode elevar a concentração de nutrientes essenciais para a saúde fértil.

O padrão da dieta mediterrânea é baseado em maior expectativa de vida, menor incidência de doenças relacionadas a má-alimentação. Além disso, as escolhas alimentares são variadas e ricas em nutrientes.

Dieta mediterrânea
Foto de Daria Shevtsova no Pexels

Características da dieta mediterrânea:

  • Abundância do consumo de alimentos naturais e frescos;
  • Consumo moderado de frutas frescas ou doces com açúcar ou mel;
  • Azeite como principal fonte de gordura;
  • Consumo de produtos lácteos, como queijos e iogurte, em quantidade moderada;
  • Baixo consumo de ovos, em média quatro unidades por semana;
  • Baixo consumo de carnes vermelhas;
  • Consumo de vinho nas refeições, de forma consciente;
  • Consumo de peixes, de acordo com a disponibilidade da região.
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O padrão dessa dieta não se baseia na qualidade dos alimentos, que é benéfico não apenas para o sistema reprodutivo, mas para a saúde do corpo como um todo.

O pesquisador italiano, Gianluca Tognon, realizou uma pesquisa acerca da longevidade e hábitos alimentares. Ele comparou milhares de pessoas ao longo de 40 anos e observou que as seguiam a dieta mediterrânea vivia 3 anos a mais do que as que não adotou a prática. O resultado pode ser explicado pelos benefícios da ingestão de fibras, gorduras boas e vegetais. Principalmente, como prevenção de comorbidades como, hipertensão, diabetes e obesidade.

Dieta mediterrânea e a saúde fértil

dieta mediterrânea
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Em primeiro lugar, sabemos que, alguns hábitos podem impactar a fertilidade, de forma negativa ou positiva. Tabagismo, consumo excessivo de álcool e uso de drogas pode reduzir as chances de gestação. Enquanto, alimentação saudável e prática de atividades físicas pode potencializar a sua fertilidade.

Logo, um cardápio alimentar baseado nos alimentos alto consumo de peixes, óleos vegetais de qualidade e baixa ingestão de carboidratos refinados pode aumentar as chances de engravidar e diminuir os riscos de abortos espontâneos.

Estudo realizado no Centro Médico Universitário de Rotterdam, na Holanda, comparou dois padrões alimentares em casais com problemas de fertilidade e a caminho da Fertilização in Vitro (FIV). Os casais foram divididos em dois grupo, “padrão Saudável” com alto consumo de frutas, vegetais, cereais integras e baixo consumo de carboidratos refinados e carne vermelha e o “padrão Mediterrâneo”.

Em suma, foi observado que, há maior consumo de óleos vegetais na dieta mediterrânea, ricos em ômega 6. Responsável pela regulação hormonal e ovulação. Além do aumento da presença da vitamina B6, que está relacionado com o maior número de gestações em mulheres inférteis.

Dieta mediterrânea
Foto de Any Lane

Como adaptar ao padrão alimentar brasileiro

Essa adesão tem como objetivo de explorar a cultura do Brasil. Portanto, escolher alimentos baseados na região, costumes e nível socioeconômico.

Alimentos que você deve incluir na dieta

O indivíduo deve seguir características, como:

  1. Escolher alimentos naturais ou orgânicos;
  2. Azeite de oliva como principal fonte de gordura;
  3. Diminuição do consumo de lácteos, ter preferência por derivados com baixo teor de gordura;
  4. Consumo reduzido de carnes brancas e vermelhas;
  5. Dar preferência aos peixes;
  6. Consumo moderado e regular de vinho e suco de uva integral;
  7. Prática regular de atividades físicas.

É possível encontrar mais informações sobre o planejamento alimentar da dieta mediterrânea clicando aqui.