Mulheres que optaram pelos estudos, carreira ou pela vida a dois são a maior parte de mães em São Paulo. Os dados são da Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados).
Segundo a pesquisa, em 2011, 32,1% das mães estavam nessa faixa etária, em contraste aos 24,1% verificados em 2000. O aumento do percentual de mães mais velhas é mais intenso na cidade de São Paulo, onde alcança os 35,4%.
A atriz, bailarina e terapeuta Evania Jacobino entra neste índice. Mãe de uma jovem de 18 anos, ela se surpreendeu ao saber da gravidez aos 38 anos. “Levei um susto ao descobrir, pois não estava casada no momento. Mas, deu tudo certo e estou muito feliz”, afirma.
Para Evania, a maternidade numa época mais madura da vida veio preencher uma lacuna que ela não conseguia identificar e, apesar de estar perto dos 40 anos e de um pré-natal tranquilo, teve um pequeno susto na hora do parto. “Dormia e comia muito. O único problema que houve foi que ele não nascia e teve que ser retirado”.
Mesmo grávida, com o pré-natal em dia, ela continuou dando aulas de dança, e, como fisioterapeuta, garante que atividades durante a gravidez sempre devem ser contínuas e não prejudicam o bebê, se tudo estiver bem com a mãe.
Quanto às vantagens de ser mãe madura, ela garante. “Ser mãe um pouquinho mais velha é muito bom. Os caminhos de realizações e ansiedades já se foram e sobra mais tempo emocional para dar atenção ao bebê. Você fica com mais paciência e consegue participar ativamente de brincadeiras”, conclui.