Ele é um dos principais órgãos do sistema reprodutor feminino e sua anatomia e condições hormonais são essenciais para que a gravidez aconteça. Sim, estamos falando do útero. Em média, o útero mede entre 7,5cm por 5cm e pode variar em seus formatos. A anatomia do útero pode ser diferente para algumas mulheres.
De acordo com um artigo publicado pela Mater Prime, clínica de reprodução humana, entre 0,1 e 3,2% das mulheres apresentam malformações anatômicas do útero. Essas alterações podem ser diagnosticadas através de exames, como a histerossalpingografia.
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Já falamos no Instagram do Mãe aos 40 sobre a anatomia do útero chamada “útero retrovertido” ou retroversão uterina, e atinge de 15% a 25% das mulheres e nada mais é do que o útero posicionado para trás e não para frente.
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E quais são as outras anatomias?
Além do útero retrovertido, as outras alterações são: o útero bicorno, unicorno, didelfo ou duplo e septado.
Útero bicorno
É uma anatomia mais comum. Nela, há presença de uma fenda na parte superior do útero que separa os dois lados do útero, sem chega a dividi-lo. O tamanho da fissura pode variar, resultando em um útero levemente bicorno ou totalmente bicorno.
Útero unicorno
Essa é uma rara malformação do órgão, em que o tecido que dá origem ao órgão não se desenvolve completamente e resulta em apenas metade de um útero de tamanho normal. Neste caso, há apenas uma tuba uterina, apesar da mulher apresentar dois ovários.
Útero didelfo ou duplo
Essa anatomia é caracterizada quando a mulher tem duas cavidades, em que uma delas pode levar a um colo de útero ou a um canal vaginal. É uma anatomia de útero bastante rara.
Útero septado
Essa anatomia dá-se quando a cavidade uterina da mulher apresenta uma parede, que é chamada de septo, e pode ir apenas até uma determinada extensão ou chegar ao colo do útero.
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Como essa alterações de anatomia do útero podem interferir na fertilidade?
Embora as anomalias anatômicas não impeçam uma gestação, elas podem ser um agravante à fertilidade da mulher, dificuldade a permanência do bebê no órgão. Em cada um destes casos apresentados acima não simbolizam que é impossível conceber a gestação, porém, no caso do útero septado, por exemplo, pode haver alto risco de perda gestacional. Já o útero unicorno, em que há apenas uma tuba uterina, pode apresentar um baixo nível de fertilidade.