Medo de perder o bebê. Esse é um assunto recorrente na caixa de mensagens do Instagram Mãe aos 40. Pudera, afinal, apesar de não haver números oficiais sobre os abortos espontâneos, acredita-se que a cada 10 gestações, duas não chegam ao final. E são nos três primeiros meses que eles mais acontecem: dados da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostram que 80% das ocorrências são até a 12ª semana de gestação. E a probabilidade de acontecer é maior para as mães de primeira viagem ou para as que já passaram por um aborto anterior. Isso porque o embrião precisa se fixar no endométrio e se desenvolver. É quase uma luta para viver. E isso mostra que esse medo tem mesmo razão de ser. É nas primeiras semanas que também se descobrem as síndromes, que muitas vezes mostram-se incompatíveis com o desenvolvimento do feto.
Medo: quando ele passa a ser motivo para procurar ajuda
Como saber se o medo que você sente é saudável ou se está passando dos limites e pode, inclusive, prejudicar o seu estado emocional? A psicóloga Raquel Benazzi, especialista em luto materno-infantil, explica: “O medo saudável é quando a mulher e/ou o casal compreendem esse momento como uma espera, um momento de introspecção, e faz de tudo para acolher todas as recomendações médicas. Ele passa a ser preocupante quando há um auto-diagnóstico, ou a mulher passa a ficar em casa, de repouso, sem que haja qualquer orientação para isso; ou até mesmo quando ela começa a chorar e não consegue mais focar em outras coisas da vida’, diz.
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O que fazer?
Ter medo é natural, e botar para fora esse sentimento pode ajudar a alivia-lo, trazendo mais segurança também. vale ainda conversar com o seu médico sobre isso, contando de que forma esse medo faz parte da sua rotina. E se perceber que ele está sendo limitante a ponto de atrapalhar nas atividades diárias, vale buscar ajuda de um psicólogo.
Tentar se conectar a essa gravidez, compreender que o corpo e o bebê têm que evoluir em conjunto e fazer atividades que deem prazer, seja caminhada, terapia, meditação ou simplesmente conversar com familiares ou com o parceiro, caso se sinta acolhida com ele, é importante para vencer esse medo e conseguir curtir cada nova fase da gestação.
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