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Anote aí mais uma dica que vai te ajudar no pós-parto e no desenvolvimento do seu bebê: consumir ômega 3 reduz o risco de parto prematuro e contribui para a saúde emocional da mãe, já que diminui as chances da depressão pós parto. A dra. Analuiza Nogueira dos Santos, nutricionista funcional da Clínica Fluyr Saudável, explica como isso ocorre:

Mãe aos 40: O que é exatamente o DHA? Quais outros benefícios ele pode trazer à mãe e ao bebê?

Dra. Analuiza Nogueira: O DHA (ácido docosahexaenoico) é um ácido graxo poli-insaturado da série Ômega 3. É um ácido graxo essencial, ou seja, ele não é produzido pelo nosso organismo, devendo ser adquirido através da alimentação e/ou suplementação.  Ele é um componente estrutural dos fosfolipídios das membranas celulares, sendo essencial para o desenvolvimento cerebral e visual do recém-nascido. O DHA também fornece importantes benefícios para a mãe, pois além de reduzir o risco de parto prematuro, ele contribui para a saúde emocional, reduzindo as chances da depressão pós parto.

Mãe aos 40: Qual a quantidade ideal? De quanto em quanto tempo a grávida pode tomar? 

Dra. Analuiza Nogueira:  O depósito de DHA na retina e no córtex cerebral ocorre principalmente no último trimestre de gestação e nos primeiros seis meses de vida. Sendo assim, a recomendação é que a suplementação de DHA seja feita pelo menos desde o início do terceiro trimestre de gestação até os seis meses de vida do bebê. Todas as gestantes e mulheres que estão amamentando devem consumir, no mínimo, 200 mg de DHA/dia.

Mãe aos 40: Todas as grávidas podem tomar? Há alguma restrição?

Dra. Analuiza Nogueira:  Pacientes com plaquetopenia (diminuição das plaquetas) e que tomam medicamentos para agregação plaquetária devem ter a indicação e acompanhamento de nutricionista e médico sobre este tipo de suplementação.

Além dos suplementos, existem alimentos que podem substituir o DHA?

Dra. Analuiza Nogueira: Os ácidos graxos ômega 3 estão presentes em alguns tipos de peixes, especialmente os de águas frias e profundas, como salmão, cavalinha, atum, truta e arenque. As gestantes devem consumir 2 porções de peixe por semana.

Mãe aos 40: Uma pesquisa divulgada no The New York Times revelou que as mulheres grávidas que tomaram suplementos diários de DHA (ácido docosahexaenóico), tiveram gestações mais longas, bebês maiores e menor índice de nascimentos prematuros. Isso realmente acontece? Por que?

Dra. Analuiza Nogueira:  O consumo de DHA durante a gestação reduz o risco de parto prematuro, prolonga a gestação, e reduz o risco do bebê nascer abaixo do peso. Embora existam diversos estudos que comprovam tais benefícios, os mecanismos ainda não estão bem elucidados. Em relação à prematuridade, sabe-se que a suplementação de DHA reduz os níveis de certas prostaglandinas, especialmente PGF2 e PGE2, que são parcialmente responsáveis pela iniciação do trabalho de parto. Elevados níveis de metabolitos de ômega-6 e baixos de ômega-3 são encontrados no sangue e na placenta de mães que tiveram parto prematuro.