Imagem: Shutterstock
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Se você não tem, provavelmente conhece alguém que tem pressão alta, seja na família, no trabalho ou no grupo de amigos. Infelizmente o problema atinge cerca de 23% dos brasileiros, de acordo com dados publicados pelos órgãos de saúde, sendo que entre 11% a 20% deles têm mais de 20 anos.

Mas, você sabe porque a pressão fica alta?
A pressão arterial é a força que o sangue exerce na parede das artérias, e é justamente quando essa força está aumentada que as artérias ficam mais resistentes à passagem do sangue. Daí o nome “hipertensão arterial”, conhecido popularmente como pressão alta. Na prática, elas são diagnosticadas quando, ao medir a pressão, a máxima e mínima são iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (14 por 9).

Os fatores de risco
Comer de forma desequilibrada – leia-se com excesso de sal e produtos industrializados -, fumar, ter pai ou mãe com a doença, estar com sobrepeso ou obeso, diabetes e a idade mais avançada são os principais causadores da hipertensão. No entanto, vale dizer que a maioria dos hipertensos não sente qualquer sintoma relacionado à doença. Daí a importância de fazer check-up com regularidade e manter hábitos saudáveis. Os sinais, como dor de cabeça ou na nuca, enjoos, tonturas e falta de ar, podem estar associados à hipertensão, porém são muito gerais, estando associados também a várias outras doenças. Em muitos casos, quando se percebe algum sintoma mais agravado é sinal de que a doença está num estágio avançado, o que pode comprometer vários órgãos, como o coração.

Principais complicações
Infarto do coração, Acidente Vascular Cerebral, insuficiência cardíaca e renal, e impotência sexual, entre outros. Segundo a Organização Mundial de Saúde, os hipertensos que não se tratam têm ainda uma redução de até 16,5 anos na expectativa de vida. É muita vida que se perder, não é mesmo?!

O que fazer?
Exercícios, como caminhada, corrida, andar de bicicleta ou nadar ajudam a reduzir e prevenir o problema, devendo ser praticados, pelo menos, meia hora diariamente. Reduzir o consumo de sal e apostar numa dieta mais equilibrada, rica em vegetais também reduz a pressão, podendo até dispensar o uso de medicamentos.

Dica de como substituir o sal - Imagem: Instagram Ministério da Saúde
Dica de como substituir o sal – Imagem: Instagram Ministério da Saúde

PRESSÃO ALTA NA GRAVIDEZ: o que é e quais são os sintomas da pré-eclâmpsia?
Um dos problemas que mais tiram o sono da grávida, ela acontece por volta da 20ª semana de gestação e tem como característica a pressão arterial elevada, acompanhada retenção de líquidos, proteinúria (presença de proteína na urina) e dor de cabeça. O ginecologista obstetra Domingos Mantelli diz que a causa ainda é desconhecida, mas algumas enfermidades contribuem para o seu surgimento. São elas: as doenças autoimunes, como diabetes tipo 1, lúpus e esclerose múltipla; e implicações, como primeira gravidez, gestações múltiplas, obesidade, idade superior a 35 anos e histórico de hipertensão arterial e diabetes.

Como é feito o diagnóstico?
A pré-eclâmpsia é uma doença grave, mas passível de controle, caso seja descoberta precocemente. Durante o pré-natal são realizados exames de urina e medição frequente da pressão arterial que auxiliarão na descoberta da disfunção. “Caso a gestante note qualquer sinal de inchaço excessivo e dor na nuca, um dos sintomas da pressão alta, deve comunicar imediatamente o seu médico”, alerta Dr. Domingos.

Tratamento
Não há um tratamento específico para a pré-eclâmpsia, entretanto são adotadas algumas medidas. “O obstetra deve fazer um monitoramento constante desta gestante, além de indicar repouso, dieta com baixo consumo de sal e medicamentos antihipertensivos”, explica o obstetra. Se não tratado, o problema pode se agravar e evoluir para a eclâmpsia, na qual já ocorrem alterações neurológicas e convulsões, podendo levar a gestante ao coma.

Mas, e como fica o bebê?
Com o aumento da pressão, a artéria placentária da gestante se fecha e forma a vasoconstrição, que é a redução do diâmetro dos vasos sanguíneos, aumentando a resistência para que o sangue chegue ao feto. Assim, o bebê recebe menos sangue, oxigênio e nutrientes.

Fonte: BenSaúde