“Desde que me casei, há cinco anos, tinha vontade de ser mãe, mas sempre adiava a gravidez para o ano seguinte. Até que no final do ano passado, quando eu estava prestes a completar 36 anos, marquei uma viagem a dois para comemorar a data e, sabendo que essa era a época do meu período fértil, resolvi finalmente tentar engravidar. Poucos dias depois notei que minha menstruação atrasou um dia e, como meu ciclo é bem certinho, já acendi a luz amarela do ‘será’. Curiosamente não quis fazer teste de farmácia, em vez disso, marquei uma consulta com meu ginecologista. Para minha surpresa neste mesmo dia fiquei sabendo que já estava na quinta semana de gestação! Confesso que me senti a mais sortuda das mulheres, afinal, achava que na mais positiva das hipóteses eu teria que esperar uns seis meses para engravidar. Também me arrisco a dizer que tive a gravidez mais tranquila entre todas que acompanhei ou tive notícias. Difícil mesmo foi me policiar para não ler coisas demais no Google, que, aliás, está cheio de histórias tristes. Mas fora isso tive nove meses de vida normal, tão normal que até os famosos enjoos passaram longe. O que mudou mesmo foi descobrir que a maternidade é um desafio e que a eterna doação que um filho exige é um aprendizado a cada dia, especialmente para alguém individualista como eu, acostumada a fazer o que bem entendesse e na hora que quisesse, o que incluía dormir doze horas por dia! Tenho certeza que ser mãe foi uma das melhores coisas que me aconteceu e como tudo foi muito tranquilo para mim, estou até pensando em tentar um segundo baby daqui um ou dois anos. Mas essa é uma decisão que está em fase de amadurecimento!”
Ale Garattoni, 36 anos, de São Paulo