Foto: Reprodução

 

Atenção futuras mamães: vocês sabiam que estar no peso ideal (aquele que é calculado pelo peso divido pela altura ao quadrado) dá uma forcinha para a fertilidade? Foi o que mostrou um estudo recente publicado na Endocrine Society’s Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism. Dez obesas e outras dez mulheres com peso normal receberam uma dose do medicamento usado na fertilização in vitro e, depois de ter o sangue colhido por seis horas, descobriram que a substância saia mais rapidamente do organismo das gordinhas. Isso porque elas tiveram alterações na resposta cerebral, sinalizando para o corpo que liberasse os óvulos cedo demais.

Conversei com o ginecologista e obstetra Isaac Yadid, especialista em reprodução humana e diretor da clínica Primordia Medicina Reprodutiva, no Rio de Janeiro, e ele me contou que quando se está acima do peso é preciso emagrecer para ter melhor ovulação. “Com menos 10% do peso corporal, já é possível ver uma melhora no ciclo hormonal. Além disso, para contribuir com a fertilidade, é importante manter uma dieta equilibrada, ingerir pelo menos dois litros de água por dia, fazer atividade física adequada e tentar comer algo saudável a cada três horas para manter o metabolismo aquecido”, ensina o expert. E não vale recorrer aos medicamentos para emagrecer, ok? É preciso suar a camisa e comer direitinho, como já falamos aqui! Segundo os especialistas o ideal para a fertilidade é que o Índice de Massa Corpórea (IMC) esteja entre 20 e 25.

 

O que diz o endocrinologista?

Para Ruth Clapauch, vice-presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a obesidade causa vários transtornos ao sistema reprodutivo. “Pode provocar cistos nos ovários e, inclusive, desencadear a síndrome dos ovários policísticos nas pessoas que já têm predisposição genética. Leva também à mudanças na ovulação e aumenta o estado de inflamação em geral, piorando a coagulação do sangue, que por sua vez, está relacionada a um risco maior de abortamentos.”

E para quem já engravidou, mesmo estando acima do peso, o ideal é ficar de olho na balança e ter o acompanhamento de um um endocrinologista para não correr o risco de faltar nutrientes necessários ao bebê.

Bem, depois de saber tudo isso, vale repensar como está a sua alimentação e os hábitos do dia a dia, não acham?

Conte para nós o que você achou dessa matéria e compartilhe com as amigas que querem aumentar a família!