Quem já é mãe sabe a expectativa que o primeiro trimestre de gravidez causa. Além da descoberta, tem as adaptações e as mudanças pelas quais o corpo passa. Mas, o que causa preocupação mesmo é a seguinte questão: “Será que vou conseguir “segurar” o bebê?”. Não à toa, muitas gravidinhas só deixam para anunciar a notícia após esse período. Comigo não foi diferente no que diz respeito à preocupação, mas fui contando aos poucos para os mais chegados – minha mãe também ajudou a espalhar a notícia, rs!. E no terceiro mês foi inevitável: todos os conhecidos já sabiam! Mas tem tanta coisa que acontece dentro (e fora) de nós nesse período, que dá até para separar por tópicos, rs.
São tantas emoções!
Primeiro tem a parte emocional, que fica em meio a um turbilhão de sensações boas e também ruins, afinal, os medos ficam ainda mais aflorados. Confesso que uma das minhas maiores angústias foi em pensar que meu filho (a) poderia nascer com alguma alteração ou síndrome. Eu sei que o amor é incondicional e, no fim das contas, você se adapta e vai amar aquela serzinho da mesma maneira, mas o medo existe e não posso negar. E tem ainda um capítulo “especial” nessa história, que é o pavor de pensar em ser picada pelo mosquito Aedes aegypt, pegar a zika e ter um bebê com microcefalia. Eu sei que para quem não está grávida pode até parecer um absurdo, mas quando você engravida justamente na época em que essa praga resolve pegar pesado, é difícil não pensar nessa possibilidade. Mas, vamos com fé (e muito repelente, telinha nas janelas, Spray Inseticida)…
Ah, os enjoos… ninguém merece!
A minha ficha realmente começou a cair quando chegaram os enjoos, a barriga começou a formar uma pancinha e os seios ficaram maiores e com os mamilos mais escuros. Sinais típicos da gravidez. Passei a ter uma vontade imensa de beber água bem gelada com limão, que era uma forma de camuflar o enjoo durante o dia. Ao acordar a coisa era feia: só de pensar em escovar os dentes o estômago embrulhava. E não era aquele enjoo de quando você come algo que não caiu bem, porque mesmo colocando tudo pra fora, ele continua lá, firme e forte! Ainda bem que essa chatice passou depois de um mês, quando descobri um remedinho ótimo, receitado pela médica.
A autoestima
Tinha dias em que eu acordava me sentindo especial, era incrível pensar que tinha um bebê dentro de mim! Já em outros, me olhava no espelho e me sentia o patinho feio. Meu rosto lotou de espinhas na região do queixo, e como eu nunca sofri com o problema, nem mesmo quando era adolescente, isso me incomodava bastante. Mas não tinha muito o que fazer, pois boa parte dos cremes não estão liberados para a gestante, especialmente nos primeiros três meses de gestação. Fora isso, a barriga ainda não tinha um formato de “barriga de grávida”, e mais parecia que eu tinha comido um hambúrguer gigante. Tentava disfarçar usando roupas mais larguinhas, mas ainda assim me sentia incomodada. A ajuda do marido nesse momento foi fundamental: enquanto eu me achava um peixinho fora d´água ele era só elogios. Fazia questão de ficar observando as mudanças, babando por cada uma delas. Ainda bem!
A barriga finalmente começou a ganhar forma
No fim do terceiro mês foi o momento em que eu (e boa parte das pessoas) percebi minha circunferência da cintura aumentada e algumas roupas deixaram de servir. Aliás, não suporto mais ter que encarar um jeans. Quanto mais elástica, fresca e leve a roupa, melhor!
E o apetite aumentou
Até o terceiro mês eu comia normalmente, ou até menos por conta dos enjoos. Mas agora sinto que meu apetite está mais acelerado. Se ficar 3 horas sem comer a barriga já começa a roncar e parece que faz um dia inteiro que não coloco nada na boca. Mas nada de exageros ou de comer por dois, acho que estou indo super bem. Acabei de entrar no quarto mês e ganhei 2,5 kg. Apenas coloco uma colher a mais de arroz na hora do almoço, por exemplo, e faço várias mini-refeições ao dia. Estou comendo mais frutas que antes (sempre fui apaixonada), acho que no total, umas 4 por dia. Claro que tenho uns dias de fúria, em que ataco o pacote de bolacha recheada – uma de minhas paixões “doceiras”. Ah, e fiquei com um pouco de aversão à carne vermelha. Continuo amando churrasco, mas já não consigo comer carne todo dia, como antes. A vontade de jantar também foi embora. Estou preferindo uma vitamina potente com algum complemento. Pra ser bem sincera, parece que minha comida ficou sem graça, não tenho muito apetite por ela mais (trabalho em casa, então sou eu que preparo tudo). Por isso, fico bem feliz quando me convidam para jantar fora, rs. Até o arroz e feijão dos outros parece ser de outro mundo perto dos meus, mas, vamos que vamos… Até agora não tive nenhum desejo de grávida, apenas vontades normais mesmo. Tomara que continue assim, mas se tiver alguma, espero que seja atendida!
Meu bebê não mexe, doutora!
Foi com essa frase que eu cheguei à segunda consulta, após fazer exames de sangue, curva glicêmica (horrível) e ultrassom (não deu ainda pra ver o sexo, como conto nesse post). A resposta foi que sim, claro que o feto (aqui ele deixa de ser um embrião) mexia. Eu apenas não sentia ainda porque ele era muito pequeno, aproximadamente 8 cm e 100 gramas. E para meu alívio, pude ver que ele realmente se movia bastante, já tinha todos os órgãos vitais formados e o sistema digestivo e reprodutivo trabalhando para tomar forma. Meu bebê está saudável e é isso que mais importa.
Agora estou no quarto mês e em breve conto como foi esse período. Também estou preparando um post sobre as evoluções do bebê em cada fase da gestação. Acompanhem! Ah, e se tiver alguma coisa que vocês querem saber, é só deixar aqui nos comentários. Terei o maior prazer em responder.