Não é segredo que o leite materno é o melhor e mais rico alimento que existe, tanto que é considerado pela OMS e pela Unicef como o único alimento capaz de nutrir todas as necessidades de um bebê. E se você amamenta ou deseja amamentar um dia deve estar pensando no bem que faz ou fará ao seu bebê. No entanto, muitos bebês prematuros não tem a sorte de contar com esse alimento tão rico. E os motivos para isso são variados: seja porque a mãe não tem a produção ou não consegue ir até o local diariamente (já que esses bebês ficam em UTIs) ou porque o bebê não consegue sugar como deveria.
E é exatamente neste ponto que entram os bancos de leite materno, que são abertos à comunidade e trabalham em conjunto com hospitais e maternidades, a fim de suprir essa carência e, claro, salvar milhares de bebezinhos! O grande problema é que os estoques nos bancos de leite estão baixos. E cabe a nós, mães que amamentam, mudar este quadro.
Para se ter uma ideia da gravidade do assunto e da importância do leite materno, a cada hora no Brasil nascem 40 bebês prematuros, e a prematuridade é a principal causa de mortalidade de bebês com até sete dias de vida. Seu leite pode entrar nesta história triste e dar a ela um final feliz, já que não apenas nutre o bebê como também aumenta a sua resistência e imunidade, deixando-o mais fortinho para lutar pela vida!
Veja mais alguns bons motivos para ser uma doadora
– O leite materno é o alimento mais rico e completo que um bebê pode ter.
– No leite materno existem mais de 160 substâncias importantes para o desenvolvimento do bebê, sendo que além das proteínas e carboidratos, ele conta também com anticorpos e glóbulos brancos, importantíssimos para evitar a mortalidade infantil.
– Cada litro de leite materno doado pode alimentar até 10 bebês prematuros diariamente.
– Os bebês prematuros que são alimentados desde o nascimento com leite materno se recuperam mais rápido, com importante desenvolvimento no sistema neurológico, cardíaco, gastrointestinal e pulmonar.
– A amamentação reduz as chances de doenças crônicas que podem surgir na infância.
– Independentemente da idade do bebê que está mamando a mãe pode fazer a doação, sendo que o leite é separado no banco de leite por suas diferentes fases: colostro, leite de transição e leite maduro. E caberá às profissionais administrar qual é melhor para a necessidade de cada bebê prematuro que receberá a doação.
– Doar leite não afeta a amamentação do seu bebê. Muito pelo contrário! Quanto mais você estimular a mama, maior será a produção de leite. Isso acontece porque o organismo é muito inteligente e entende que se o leite está sendo retirado em maior demanda também será preciso produzir mais para alimentar o bebê.
– Não existe quantidade mínima ou máxima para doação. Cada gota de leite é preciosa!
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A extração
A melhor hora para retirar o leite é após seu bebê ter sido alimentado ou quando as mamas estiverem cheias .
Você pode fazer a extração da forma que está acostumada: manualmente, com bomba manual ou elétrica. O importante é que a higiene esteja correta, ou seja, a mama limpa e os recipientes limpos (lavados com água e sabão) e esterilizados (em água fervente por 15 minutos). O ideal é que seu cabelo esteja preso e, de preferência, que você use uma máscara.
Como armazenar
Tenha em mãos um pote de vidro com tampa de rosca de plástico, que deve ter sido esterilizado em água fervente antes da coleta do leite
Leve o leite coletado para o congelador ou freezer, anotando a data e hora em que o leite foi extraído. O leite pode ficar no congelador por até 15 dias e na geladeira por 24 horas antes de ser consumido.
Importante: Para saber o posto de coleta mais próximo à você, acesse o site criado pela Baby Dove para apoiar a causa. A empresa, aliás, fez uma parceria bem bacana com o Uber, que dará desconto de 15 reais nas corridas até um banco de leite. Entre no site para ver mais detalhes dos bancos de leite cadastrados na ação.
Fontes consultadas: www.doeleitematerno.com.br e Portal do Ministério da Saúde
** Texto publicado originalmente em maio de 2017