Sempre se ouve das dificuldades e riscos relacionados a busca da chamada “gravidez tardia”. Por outro lado, os avanços da ciência reprodutiva são inegáveis e vemos mulheres engravidando – e parindo – até depois da menopausa. Mas e aí, onde está a verdade?Realmente, hoje conseguimos “driblar” muitos problemas de fertilidade, e mulheres que antigamente só seriam mães por meio de adoção, já podem engravidar. Tubas obstruídas, falta de ovulação, SOP, parceiros com pouquíssimos espermatozoides… Há alternativa para praticamente tudo!
Mas o fato é que quando o fator é IDADE, tudo fica muito mais complexo. Claro que existe aquele caso da “cunhada da vizinha da colega de trabalho da sua irmã” que engravidou sem querer aos 48 anos. Mas é preciso deixar claro que essa não é a regra, mas sim a exceção. Então, ficar esperando simplesmente acontecer, é apostar todas suas chances num milagre.
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Sem perda de tempo
Mas afinal, você pode engravidar aos 40 ou mais? Não é impossível, mas vai depender do seu corpo, da mente e, em muitos casos, do seu bolso também. Primeiro de tudo, o CASAL deve realizar uma serie de exames para descartar os problemas mais comuns e não perder tempo em tentativas infrutíferas. Porém, se uma mulher com 38+ e sem filhos não engravidar naturalmente nos 6 primeiros meses de tentativas (ou engravidar e perder), suas chances caem progressivamente. E algo deve ser feito antes que seja tarde demais, pois sabemos que os óvulos estão em menor quantidade e qualidade. Um profissional de reprodução (não o ginecologista de rotina) deve ser escolhido para indicar os próximos passos para cada caso, indicar os custos, chances reais e efeitos colaterais com clareza.
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Isso porque quando se parte para uma vida de tentante próximo aos 40 anos, é basicamente uma “corrida contra o tempo” e se a maternidade é realmente uma meta, não dá pra ficar esperando meses a fio por uma concepção natural ou coito programado, por exemplo. O ideal é partir para os métodos onde as chances são realmente maiores para casais nessa faixa etária, e são basicamente dois: FIV (com biópsia de embrião) e ovodoação. Obviamente, há custos consideráveis envolvidos, prós e contras em ambos procedimentos. Mas sem dúvidas são essas as escolhas com chances verdadeiras para a maioria esmagadora dos casos de mulheres com 40 anos ou mais.
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Conheça as possibilidades reais, não crie falsas expectativas, programe suas finanças e busque apoio psicológico (há excelentes profissionais especializados nesse tema) para se fortalecer na caminhada em sua busca pela gravidez e enfim, completar sua família!
Michelli Montaño, consultora de fertilidade, bióloga geneticista. Membro da European Society of Human Reproduction and Embryology. Mãe da Isabel e Elena. Autora da página Famílias In Vitro, no Instagram
