como-acabar-com-estrias
Quando o assunto são as temidas estrias a predisposição genética e os hábitos de vida e alimentares contam muito. E como se não bastasse, há um fator que pesa nessa balança: a gestação! Justamente pelo estiramento brusco da pele, que acontece com o passar dos meses, boa parte das mulheres não conseguem ter de volta a barriga de antes. E não se trata apenas da aparência, afinal, mesmo sabendo que as estrias estão lá por uma causa nobre, nem todas conseguem fazer as pazes com o espelho. É aí que entra em cena a baixa autoestima. E se a mulher já tiver um pezinho na depressão pós-parto, tudo pode ficar ainda pior.
Não sei como foi com vocês e já contei aqui que admiro muito as mães que não dão a mínima para as estrias. Palmas para elas, de verdade. Mas, sendo bem franca, esse não é o meu caso. Eu até poderia fazer a poeta aqui e dizer que isso é simplesmente aparência, no entanto, tá aí uma coisa que me incomoda muito: ver que minha barriga se tornou praticamente uma grande bexiga murcha.
E se no quesito ganho de peso, eu já eliminei 16 dos 18 quilos ganhos durante a gravidez, no quesito estrias estou caminhando para chegar a uns 70, 80% de melhora na aparência da pele. O que para mim é grande coisa! Isso porque conseguir amenizar essas marquinhas é bem mais difícil que perder peso. Exagero? Que nada! Imagine que para ver os ponteiros da balança despencarem, você fecha a boca ou se joga na academia (algumas mulheres conseguem fazer os dois!). Mas para amenizar as estrias, você pode fazer de tudo, elas nunca irão sumir 100%. A não ser que se faça uma plástica em toda a região. Mas aí teria que ter pele de sobra para mandar embora e ela ainda teria que estar na parte inferior da barriga, daí pensa em quem teve estrias até um palmo acima do umbigo… não daria gente!
Fuja de promessas milagrosas e preços muito baratos
Por toda essa complexidade que envolve “mascarar” de vez as estrias, resolvi compartilhar com vocês como está sendo minha experiência. E ressalto a importância em procurar um profissional idôneo, pois o que não falta por aí são falsas promessas envolvendo a aparência. Aliás, fica a dica para fugir dos charlatões: desconfie sempre se o preço aplicado for muito abaixo do mercado, pois um bom tratamento envolve tecnologias de ponta e isso geralmente não é muito barato; procure saber sobre a clínica antes, se possível busque na internet e até com pessoas que já passaram pelo local; por fim, vale levar em conta os depoimentos de amigas que já fizeram o mesmo tipo de procedimento que você vai fazer.
No meu caso, procurei a Dra. Valéria Campos, uma dermato que conheço há oito anos e sei que é uma verdadeira autoridade quando o assunto é beleza, além de ser pesquisadora e professora na área e estar sempre participando de congressos e atualizações nacionais e internacionais. Isso realmente contou muito pra mim, especialmente porque estou no período de amamentação e temia encarar qualquer procedimento que prejudicasse a mim e a minha bebê.

É assim que fica a pele durante o tratamento e até uns 3 dias depois da sessão.
É assim que fica a pele durante o tratamento e até uns 3 dias depois da sessão.

O tratamento
Bem, mas vamos ao que mais interessa: como funciona o tratamento que estou fazendo: trata-se de um laser fracionado não ablativo, que na prática significa que ele não forma aquela crosta na pele, atuando diretamente na derme, que entende que está sendo “agredida” e passa a produzir mais colágeno. Justamente por isso ele é menos doloroso que um laser de CO2, por exemplo, que é ablativo. Também dá para ver que a pele fica com pontinhos no local em que a ponteira do laser foi posicionada. Isso acontece porque ele tem zonas microscópicas de tratamento, funcionando como se fosse um chuveirinho, assim intercala a pele intacta e a que sofreu a agressão. E é o aquecimento na parte profunda da pele que vai estimular a produção do colágeno.
Os equipamentos mais novos contam com uma mangueira de ar gelado acoplado à ponteira, amenizando a dor provocada pelos disparos. Eu fiz uma sessão com a versão antiga do equipamento e outra com a nova e posso afirmar que esse jato de ar reduz uns 50% a dor. Mas você também pode contar com o anestésico tópico, que é passado na região. Eu estou usando uma versão bem fraca porque estou amamentando. Aliás, esse é outro ponto positivo da tecnologia: você pode começar a fazer mesmo quando ainda está amamentando. Ao todo foram indicadas de 4 a 5 sessões, com intervalo de um mês entre elas.

Na primeira foto minha barriga antes do tratamento. Na segunda, as estrias já reduzidas após 2 sessões de laser
Na primeira foto minha barriga antes do tratamento. Na segunda, as estrias já reduzidas após 2 sessões de laser. Também estou usando diariamente um creme à base de vitamina C para ajudar na regeneração da pele.

Cuidados
Antes da sessão a pele deve ser limpa e após o procedimento não se pode tomar sol na região por, pelo menos, 1 mês.
Resultados animadores
Geralmente as estrias vermelhas melhoram, em média, 80% após 3 sessões, já as antigas, 50% após 5 sessões.
Contraindicações
Gestantes e pessoas com doenças muito debilitantes não podem fazer o tratamento.
E as estrias brancas têm jeito?
Tem sim! Claro que o resultado não é tão animador quanto o das estrias vermelhas, afinal, elas já estão envelhecidas. Uma boa pedida para esses casos é o laser fracionado ablativo (CO2 ou Erbium 2940 nm). Geralmente nota-se uma melhora de, em média, 50% após 3 sessões, que também são mensais e requerem os mesmo cuidados do laser fracionado não ablativo.