Uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e publicada pelo portal Jama Network, mostrou que gestantes com COVID-19, não transmitem Sars-CoV-2 para os fetos. Porém, o estudo também mostrou que os recém-nascidos, apesar de não infectados, herdam baixas quantidades de células de defesa das mães.
As analises foram feitas com mais de cem mulheres, infectadas ou não, e o estudo realizado por três hospitais diferentes em parceria com a Universidade de Harvard: Massachusetts General Hospital, Beth Israel Deaconess Medical Center e Brigham and Women’s Hospital.
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O grupo de pesquisadores notou que os anticorpos protetores, transferidos ao recém-nascido por meio da placenta, é menor do que o esperado.
Comparado com a transferência de anticorpos feita ao bebê quando a mãe apresenta quadro de gripe (Influenza), no caso da infecção pelo Sars-CoV-2, a transferência de anticorpos é ineficiente.
O ginecologista e diretor da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, SBRA, Dr. David Barreira afirmou que as informações levantadas pelo estudo são muito importantes porque caracterizam vários parâmetros biológicos da infecção pelo novo coronavírus durante a gravidez.
“O estudo de Edlow e colaboradores traz informações importantes sobre a carga viral materna, produção e transferência de anticorpos para o feto, além de doença placentária em mulheres com infecção ativa”, observa.
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A pesquisa levanta a preocupação quanto a vacinação para as gestantes e como a falta dela pode interferir na proteção dos recém-nascidos, assim como para as gestantes, já que a infecção por COVID-19 pode estar associada a partos prematuros.
A publicação do estudo contribui muito para que estratégias de vacinação para gestantes sejam colocadas em pauta com prioridade. “Devida a proteção da placenta, já imaginávamos que o vírus não teria força suficiente para chegar até a criança, porém sabemos muito pouco sobre a resposta imune neste grupo de paciente”, destacaram os cientistas.
Fonte: Jama Network / Instagram da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida