Foto: Arquivo pessoal

Sempre gostei de crianças, mas nunca foi um sonho ser mãe. Tive namoros longos, mas também nunca pensei em engravidar sem estar com alguém que valesse a pena e que tivesse muito amor envolvido em nós. Também só queria um filho quando estivesse “devidamente” casa, com tudo o que eu teria direito: civil, véu e grinalda. Acontece que os relacionamentos acabaram e o tempo foi passando, até que aos 36 anos conheci o meu marido, um homem que já havia sido casado e já tinha um menino, hoje com 16 anos.

Nos casamos em 2013 e até então ainda não pensávamos em ter um filho, mas depois acho que o relógio biológico realmente começou a “gritar” aqui dentro. E a vontade mesmo de engravidar chegou quando eu já tinha 40 anos. Sei que muita gente se programa para isso antes, mas para mim foi dessa forma mais tardia.
E então fomos ao médico e fizemos todos os exames necessários. Para minha sorte estava tudo certo com a minha saúde. E em concordância com o meu marido resolvi parar de tomar o anticoncepcional. Também baixei um aplicativo que avisava quando seria minhas ovulações. Mas pra ser sincera, nunca usei, pois não queria marcar data e hora para fazer amor.

Relaxamos e acreditamos que a gravidez viria
Resolvemos então relaxar e deixar nas mãos de Deus a futura gravidez. Acreditamos que teríamos nosso filho quando fosse a vontade dele, no tempo certo, sem forçar a barra. E de forma natural. Muita gente não consegue e eu sabia que tanto a quantidade quanto a qualidade dos óvulos não estavam tão boas. Mas ainda assim, acreditamos que o nosso filho viria!
Então tocamos nossas vidas de casal naturalmente e em setembro de 2016 comecei a sentir uma cólica e achei que minha menstruação iria adiantar, mas depois de alguns dias a dor aumentou, a ponto de eu acordar de madrugada com o incômodo. Até que um dia, mesmo contra a minha vontade, meu marido me levou para o hospital. E a primeira coisa que a médica perguntou foi: “Você não está grávida, não?” Eu muito tranquila disse; Acho que não! E não era pra menos: fazia dois anos que não tomava remédio e nem estava pensando que poderia ser uma gravidez.

Foto: Arquivo pessoal

A descoberta
Diante da desconfiança a médica pediu o exame de sangue, que para nossa surpresa DEU POSITIVO (sim eu estava grávida!). Todos os enfermeiros nos abraçaram ao saber da notícia e foi até engraçada a cena! Depois meu marido entrou na sala e mostrei o exame para ele. A reação não poderia ser outra: fomos para o carro e choramos juntos. Nunca vou me esquecer disso.
Apesar dos 2 anos de espera por esta primeira gravidez, considero que foi uma espera tranquila. Aconteceu quando deveria acontecer. E nesse tempo que estou grávida, graças a Deus, além das cólicas das primeiras semanas, não senti mais nada. Nem enjoos, tonturas, inchaços, nada! Nessa fase final só estou sentindo mais sono e um pouco de limitação física, que é natural por conta do barrigão!
Me sinto calma com a gravidez, mesmo aos 43 anos, que completei em fevereiro. Sei que sou abençoada por Deus por tudo, por ser uma gravidez tardia, tranquila e principalmente pela Lívia, minha bebê, estar bem e perfeita, conforme os exames.

Quando ela nascer ainda não sei como será. Trabalho em casa, acho que isso ajuda muito, mas por outro lado vou a alguns eventos por conta do meu blog, mas certamente ela será prioridade, e só vou retornar às atividades normais quando sentir que é o tempo. Um dia de cada vez, uma coisa de cada vez!

Depoimento de Mari Brasil, 43 anos, blogueira.