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Todo mundo conhece alguém que já teve câncer de mama. Na minha família uma tia muito querida descobriu a doença há cerca de 1 ano. A sorte foi que ela sempre estava em dia com os exames e, além da mamografia, fez exames mais profundos, como a ultrassonografia, descobrindo o câncer ainda no início. Hoje ela está bem, apesar de precisar de 5 anos para realmente garantir a reincidência ou não da doença. E se você pensa que a doença só acontece com os outros, vale repensar essa ideia, afinal, o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres brasileiras.  E o mais triste é que tem altas taxas de mortalidade por dois motivos: a detecção tardia e o início tardio do tratamento.

Estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam que no Brasil, depois do de câncer de pele não melanoma, o de mama responde por cerca de 25% dos casos novos a cada ano, o que representa quase 58 mil novos casos só em 2016. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta idade sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Vale lembrar que existem vários tipos de câncer de mama, sendo que alguns evoluem de forma rápida, outros, não. A maioria dos casos tem bom prognóstico.

Dá só uma olhadinha nessas informações e curiosidades sobre a doença:

– Se você já tem 40 anos, saiba que é a partir dessa idade que se têm maiores chances de desenvolver o câncer de mama, justamente por conta da falta de hormônios, que funcionam como protetores do corpo.

– A realização frequente de mamografia, mesmo que você esteja aparentemente saudável, reduz a mortalidade por esse tipo de câncer em cerca de 30%.

– Quando o tumor é percebido apenas na mamografia e não sentido na apalpação das mamas, o seu crescimento ainda está controlável, com maior chance de cura.

– Somente 10% dos diagnósticos de câncer de mama está ligado à hereditariedade, o que significa que 90% dos casos não tem qualquer relação com fatores genéticos. No entanto, se sua mãe ou irmã já tiveram a doença, você tem um fator de risco a mais, por isso, é preciso ficar ainda mais atenta.

– Nem sempre o câncer é detectado na mamografia. Em jovens ou mulheres com as mamas mais densas é recomendado associar a ultrassonografia para identificação de possíveis cistos ou nódulos, ou, ainda, orientar a realização de punções e biópsias.

– O corpo mostra alguns sinais de alerta para o câncer de mama: região mais quente, inchada ou escura na mama; dor contínua em alguma parte da mama; mudança no formato ou tamanho da mama; vermelhidão, coceira ou descamação do mamilo; inversão do mamilo (quando o bico se volta para dentro); surgimento de nodulação ou caroço anormal, diferente do que pode ser de costume no período pré-menstrual; e enrugamento da pele.

– Apalpar as mamas e axilas cuidadosamente, uma vez por mês, sempre a partir do final da menstruação, ajuda a detectar possíveis caroços.

– Seguir uma dieta saudável e fazer atividades físicas podem evitar 28% dos casos de câncer de mama. E você não precisa ser uma “rata de academia” para isso. .30 minutinhos diários de caminhada já são suficientes.

– A vitamina A é reponsável pela defesa imunológica do organismo e atua na proteção contra doenças infeciosas. Ela é encontrada naturalmente em diversos alimentos, como frutas (melão, damasco, papaia e manga), vegetais (cenoura, brócolis, batata-doce, couve, espinafre, abóbora, ervilha e beterraba) e no fígado, manteiga e ovos.

– Amamentar é um fator protetor para o câncer de mama. E quanto mais prolongada a amamentação, maior será esse efeito protetor: o risco de ter câncer cai 4,3% a cada 12 meses de duração da amamentação.

– Os fatores de risco para o câncer de mama são uma série de combinações, sendo os mais relevantes: predisposição genética hereditária, primeira menstruação antes dos 12 anos e menopausa tardia (acima de 55 anos), mulheres com histórico de gravidez ou primeira gravidez após os 30 anos, obesidade pós-menopausa, tabagismo, consumo excessivo de álcool, idade avançada, histórico de câncer (principalmente em primeiro grau, como mãe, irmã ou filha), mamas muito densas, uso de hormônios, sedentarismo.

Agora que você já sabe um pouco mais sobre a doença, aproveite para reforçar o cuidado com a sua saúde e mantenha os exames em dia!

Fontes: site INCA e Caderno de Pautas do Instituto Avon.