cabeça bebê

Apesar do “palavrão”, a cranioestenose é uma deformidade progressiva da cabeça do bebê, causada pelo fechamento precoce dos espaços entre os ossos, chamados de suturas cranianas. Atinge uma a cada 2 mil crianças e suas causas estão ligadas a fatores genéticos e às condições da gestação. “O diagnóstico é feito nos primeiros meses de vida, sendo a tomografia de crânio com reconstrução 3D um dos exames mais indicados para mostrar a sutura precocemente fechada”, explica o neurocirurgião pediátrico Fernando Gomes Pinto, do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo.

Mas como saber se a criança tem essa deformidade?

Os principais sinais são a mudança da assimetria ou os formatos anormais da cabeça, que são visivelmente notados com o passar dos meses, deixando o crânio mais alongado e os olhos rasos. Já o tratamento é feito com cirurgia, como a que fez Rafaella Justus (filha do empresário Roberto Justus), que nasceu com a deformidade. “Apesar do receio dos pais em se fazer a cirurgia, especialmente porque é na cabecinha do bebê, é importante dizer que se a criança não operar ela pode não atingir o máximo de inteligência que seria possível para seu cérebro e, em casos específicos, apresentar alterações visuais por deformidade das órbitas. Além dos apelidos maldosos na fase escolar”, explica o médico.

Vale ressaltar que ao contrário do que se pensa, a cranioestenose não causa retardo mental. Porém, pode estar associada a algum tipo de síndrome, como a de Crouzon, que é uma doença genética caracterizada por alterações faciais e cranianas; e a de Apert, que também é uma doença genética caracterizada pela malformação do crânio, mas com alterações físicas e mentais.