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É bem provável que você já tenha ouvido falar sobre o diabetes gestacional, que pode pegar de surpresa até a mais saudável das gestantes. Isso porque durante a gravidez o hormônio que é produzido pela placenta, chamado lactogênico placentário, pode causar resistência à insulina. “E a partir dos 25 anos o risco é  maior,  pois há maior tendência aos  fatores que desencadeiam a doença, caso da obesidade ou ganho excessivo de peso, parentes de primeiro grau com diabetes, crescimento excessivo do feto e hipertensão arterial”, conta a endocrinologista Luisa Adriana Antunes, chefe do serviço de clínica médica do Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro.

Dados do Estudo Brasileiro de Diabetes Gestacional mostram que ela está presente entre 4,7% a 12% das gestações, sendo que nas mulheres acima de 40 anos os números ficam na casa dos 11%, de acordo com estudos científicos. “Nesse caso a idade por si só é um fator de risco, pois as alterações metabólicas como intolerância à glicose, resistência à insulina e diminuição do gasto energético ficam mais acentuadas”, explica a médica.

Principais cuidados

Ao diagnosticar a diabetes gestacional o médico recomenda fazer uma dieta pobre em carboidratos e calorias, ficar de olho no ganho de peso, investir na atividade física e controlar a glicemia de jejum, que é medida em laboratório. “Também é importante monitorar a glicemia em casa por três vezes ao dia, sendo que se após duas semanas ela permanecer alta é hora de começar o tratamento com insulina”, diz a endocrinologista. A boa notícia é que mesmo que a doença permaneça durante toda a gravidez a tendência é desaparecer logo após o parto, quando a placenta sai e há uma queda do hormônio placentário. O aleitamento e a perda de peso pós-gestação também contribuem para o fim do problema.